Em
12 de dezembro 2013, o #DECEA implantou novas rotas ininterruptas,de chegada e
de saída de aeronaves de grande porte do Aeroporto de #Guarulhos (Projeto PBN)
#GRU, com o objetivo de encurtar as trajetórias em seu cone de aproximação,
obtendo assim uma considerável economia de combustível.
Com
isso, foi criado um intenso caminho aéreo dos aviões, por sobre a área de
preservação #ambiental Serra da Cantareira,que opera em regime ininterrupto,
durante os 7 dias por semana, nas 24 horas por dia (inclusive no período das
22h às 7h, sem respeito ao silêncio),em proximidade, intervalos e quantidade impactantes,consequentemente
gerando emissões de gases, ruído e algumas vezes de combustível tão agressivas que
acabam pordesequilibraro ecossistema da Serra
da Cantareira (floresta, nascentes, mananciais, animais, aves, pássaros,
abelhas e outros importantes insetos) que é frágil, conduzindo-o assim para a
total degradação. Tal atividade também prejudica a saúde física e mental dos habitantes,
ficando esses últimos propensos ao surgimento de doenças cardiovasculares e
gastro-intestinais, devido a essa exposição, tal como descrevem os reconhecidos
estudos da área1.
Atualmente
o #ecossistema remanescente da Serra da Cantareira, como é sabido, é um bem
natural único. Foi #tombada em 1994 pela #Unesco,como Patrimônio da
Humanidade. Com a suaimportância planetária, é parte da Reserva da Biosfera do
Cinturão Verde da Cidade de São Paulo (RBCVCSP) e a única dentre as
aproximadamente 500 Reservas da Biosfera na Terra com a característica de unir
floresta e cidade.
A Serra
da Cantareira ainda é também a maior floresta urbana do nosso planeta, área que
deve ser protegida, devido aos seus mananciais, que são responsáveis pelo
abastecimento de água para aproximadamente nove milhões de pessoas na capital
paulista. Além disso, a Serra da Cantareiracontribui de modo decisivo na
climatização das cidades vizinhas.
O #DECEA
informou, através de troca de mensagens em seu sítio (protocolo
6A8F8F86 anexo),que não levou em consideração as variáveis
ambientais na elaboração do novo sistema de rotas, o que na nossa interpretação,
contraria normas da legislação em vigor, em particular as da LEI Nº 6.938, DE
31 DE AGOSTO DE 1981, que regulamenta a Política do Meio Ambiente.
Gostaríamos de destacar que, como cidadãos Paulistas e Brasileiros que
somos, apoiamos medidas que visem a racionalização do tráfego aéreo com os benefícios decorrentes para toda
a sociedade, mas não podemos concordar que sejam ao custo da deterioração de
áreas de proteção ambiental, particularmente da Serra da Cantareira.
Pedimos a sua atenção eprovidências no sentido de reverter esta situação,
cessando esse verdadeiro ataque de aviões, para que o que resta da Serra da
Cantareira seja preservado, impedindo assim que a Aeronáutica venha a ser mais
um algoz responsável pela degradação de uma das reservas naturais mais
importantes do nosso planeta.
1 - The noise/stress concept, risk
assessment and research needs – Wolfgang Babisch 2002
Movimento
#SOS
#Cantareira